Muitas pessoas confundem La Niña com El Niño. É importante saber que ambos têm relação e são fenômenos que influenciam as condições climáticas em diversas partes do mundo.
Diferenças entre La Niña e El Niño
O El Niño é um fenômeno que ocorre quando há um aquecimento acima da média histórica das águas da superfície do Pacífico. Na La Niña, o resfriamento anormal das águas causa uma distribuição diferente de calor e umidade entre as diversas regiões do planeta. Por terem essa alternância climática, ambos possuem impacto significativo na agricultura. Por isso, preparamos um blog especialmente para falar sobre a La Niña no Brasil.
Quais as consequências da La Niña na agricultura brasileira?
As variações na temperatura e na distribuição de chuvas podem prejudicar as plantações. Por exemplo, em 2021, o fenômeno La Niña se manifestou, impactando o agronegócio brasileiro. Como resultado, diferentes cultivos no Sul e Sudeste do país sofreram com a escassez de chuvas.
Quando La Niña afeta o Sul e o Sudeste, uma das culturas mais afetadas é a soja. Devido à estiagem, o plantio atrasa, prolongando e complicando o ciclo de crescimento das plantas e retardando a colheita dos grãos. Isso pode prejudicar o desenvolvimento das plantas e reduzir a produtividade da oleaginosa, além de atrasar o calendário do milho safrinha. Essas duas culturas, infelizmente, são as mais afetadas pelo fenômeno.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, os efeitos do La Niña na agricultura não têm relação com a seca, pelo contrário. O alto índice de chuva, mesmo que seja benéfico para as regiões semiáridas, causa constantes inundações na Amazônia e podem provocar perdas em áreas agrícolas por conta da intensa precipitação.
Além disso, as chuvas com volumes acima da média, especialmente quando ocorrem em períodos fora do comum, podem perturbar o ciclo normal das safras e complicar os processos de colheita. Ademais, criam condições favoráveis para a proliferação de doenças e pragas.
Quais os impactos da La Niña em diferentes regiões do Brasil?
- Região Norte: a estação chuvosa na Amazônia se intensifica, resultando em cheias significativas em alguns rios da região.
- Região Nordeste: as chuvas excedem a média na região, resultando em enchentes ao longo do litoral nordestino.
- Região Centro-Oeste: não há efeitos pronunciados sobre as chuvas e a temperatura nessa região, mas observamos tendências de estiagem.
- Região Sudeste: não há um padrão característico de mudança nas chuvas ou na temperatura.
- Região Sul: observamos estiagem em toda a região, principalmente durante o inverno.
Maneiras de prevenção
Como visto, os impactos na agricultura variam conforme a região geográfica e as condições específicas de cada local. Por isso, os agricultores precisam adotar algumas práticas de manejo adaptativas para lidar com as mudanças. De acordo com um estudo da Embrapa, o agricultor precisa:
- Pesquisar dados sobre o fenômeno, a fim de identificar os períodos de ocorrência mais recentes.
- Analisar os tipos de condições climáticas e eventos meteorológicos extremos registrados em sua região durante eventos anteriores de La Niña, realizando uma avaliação.
- Listar as medidas que dependem de apoio externo, seja do setor privado ou governamental.
- Manter-se atualizado com informações sobre o progresso da La Niña, aguardando atualizações periódicas.
Além de desenvolver estratégias para os possíveis impactos, como análises detalhadas do solo, seleção adequada de sementes e insumos, além de outras considerações relevantes.
Para se preparar contra a La Niña no Brasil, conte com a Atua Agro. Nossa missão é o sucesso do agricultor!